A vida te ensina, aprende quem quer

Eu, sabedor de minhas obrigações para com os que me rodeiam, ainda com idade mais madura que seja, dou alguns deslizes sutis em relação ao lidar com os semelhantes.
Dias atrás em uma loja de conveniência comercial alimentar fui surpreendido ao ser chamado atenção da minha falta de paciência em lidar com a atendente do estabelecimento.
Ela “folheava” o celular, aterrorizada com um suposto golpe que ela tinha recebido naquele momento exato que entrei.
Educadamente e com firmeza, mesmo atônita pelo e-mail ou SMS recebido, a atendente me disse que eu teria que ter melhores modos, ser menos impaciente em pedir produtos da loja que ela trabalhava.
Mesmo ela desatenta temporariamente aos fregueses por motivos pessoais, não justificava eu ter essa atitude impaciente e deselegante com ela.
A leve bronca que recebi dela me fez sentir apequenado, não humilhado porque ela me chamou atenção de maneira sutil e como já disse antes, firme nos seus dizeres.
Fez-me refletir naquela hora da chamada de atenção da moça o quanto eu não tinha aprendido totalmente a conviver socialmente.
Essa é a minha sorte, procurar sempre repensar as coisas que faço de incorreto, mesmo de menor relevância.
Depois da delicada bronca da trabalhadora, não falei nada, não respondi e daquele momento em diante passei a tratá-la como devia, pacientemente e com mais educação.
Gosto, por incrível que possa parecer que me chamem atenção por erros cometidos por mim, porque quero sempre melhorar como ser humano, as pessoas e todos os seres viventes têm o direito de serem considerados.
Na adolescência minha mãe me educou primorosamente como devia, acredito que eu não tenha aprendido o suficiente para ser um humano minimamente civilizado.
Então, tenho que aprender agora com meus próprios erros, ser paciente e ter empatia com os outros.
Gosto de ser bem-educado em todas as situações da vida, mas me descuido às vezes e só percebo quando sou chamado à atenção, tenho e sempre tive uma relativa humildade.
Estoicismo, é essa filosofia de vida que me vai colocar nos eixos definitivamente, acredito eu.
Uma das bases do estoicismo, a meu ver, é poder focarmos no ser eu, merecedor de felicidade pelas nossas próprias atitudes que podemos controlar e as adversidades que não dependem de nós, ignoradas para nosso bem, sem menosprezar o semelhante.
O estoicismo, através da aceitação, da razão e da virtude, forma uma filosofia de vida milenar desde 2500 anos atrás, século III a.C. por Zenão de Cítio, na Grécia.
Para finalizar, estou aprendendo com o conceito estoico de ser, o estoicismo, pelo que estou lendo, vai me direcionar para o bem viver e me fazer sentir relativamente feliz em melhor lidar com as pessoas e suportar com serenidade as adversidades da vida.
Antes tarde do que nunca, diz o ditado popular, idosos como eu, tem obrigação de atender bem os outros pela experiência de vida que tem, não ser rabugento e, ao mesmo tempo, também poder ser respeitados pelos cabelos grisalhos.
Sempre me senti em situações cômodas, aprendendo com os erros dos outros, mas esse comodismo às vezes nos faz fracos ao enfrentar problemas corriqueiros desagradáveis aos nossos olhos.
Quando se sente na própria pele a marca dos desarranjos temperamentais ao lidar com o quotidiano desfavorável que nos permeiam a vida nua e crua, é que se valoriza o bem viver.

Paz de Espírito e Saúde - 30Set23Sab1208h - E-mail = jotek2@gmail.com

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